A indústria de dispositivos e equipamentos médicos tem uma estrutura bastante heterogênea. Inclui desde grandes empresas multinacionais, fabricantes de equipamentos de uso hospitalar sofisticados, até pequenas empresas, produtoras de materiais, instrumentos e insumos de uso genérico no setor de saúde.
          O número de equipamentos de saúde existentes no Brasil atingiu 2,5 milhões em março de 2023, aumento de 21% em relação dezembro de 2020, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde. Esse avanço ajudou a ultrapassar a pior fase da pandemia.
          O valor da produção do setor de dispositivos e equipamentos médicos cresceu 17% em 2022 sobre 2021, atingindo R$ 21,1 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo). O setor contava, em 2021, com 4.549 empresas distribuídas por todo o país, segundo informações divulgadas pela Abimo, com base em dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Previdência. 
          Um desafio histórico é a dependência do país em importações na área de saúde. No entanto, o cenário atual pode representar uma oportunidade. Há esforços do governo federal para retomada de uma nova industrialização do setor, com recriação, em abril de 2023, do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis) e previsão de investimentos de R$ 42 bilhões até 2026, dos quais R$ 23 bilhões da iniciativa privada.
          Com tais iniciativas, o governo visa fortalecer a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, de modo a tornar o Brasil um hub competitivo de exportação, sobretudo para países da América Latina.