Atualmente, grande parte das decisões médicas é tomada graças ao apoio dado pela medicina diagnóstica. Desde sistemas de avaliação por imagem e análise de material biológico até uma gama variada de serviços de saúde suplementar sustentam parcela expressiva dos tratamentos médicos, fornecendo informações sobre quadros clínicos e indicando os caminhos para se chegar aos melhores resultados.
          O mercado de serviços de apoio à diagnose e terapia (SADT) é caracterizado pela grande fragmentação, com muitos competidores, mas que, nos últimos anos, vem passando por processo de consolidação. O segmento é livre para a entrada de qualquer empresa.
          Em dezembro de 2023, existiam no Brasil 29.141 estabelecimentos de diagnósticos, dos quais 94,6% dessas unidades são constituídas como entidades privadas com fins lucrativos, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.
          O Brasil ultrapassou a marca dos 2,1 bilhões de exames clínicos e de imagens em 2022 entre as redes públicas e privadas. Cerca de 50% foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a outra metade por laboratórios e clínicas privados, segundo estimativas da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), cujos associados representam cerca de 65% dos exames realizados na saúde suplementar.
          Os gastos dos planos de saúde com apoio a medicina diagnóstica vêm se recuperando nos últimos anos, depois de retração em 2020 (fase aguda da pandemia), de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em 2022, o valor atingiu R$ 44,0 bilhões em 2022, crescimento de 8,3% em relação a 2021. Em relação a 2019 (antes da pandemia), o incremento acumulado foi de 22,0%.